O vento cortante do deserto soprava sobre Masyaf, levando consigo os ecos de passos apressados e sussurros de conspiração. Altaïr Ibn-La’Ahad movia-se pelas sombras, suas vestes brancas ondulando como um espectro no escuro.
Havia falhado. Sua arrogância em soltar a lâmina contra o inocente dentro do Templo de Salomão custara caro. Seu mestre, Al Mualim, o rebaixara, retirando-lhe suas armas e o respeito de seus irmãos. Agora, precisava provar-se novamente.
Sua missão: eliminar nove homens. Nove tiranos, corruptos e opressores, cujas mortes poderiam restaurar a ordem na Terra Santa.
O Primeiro Alvo – Tamir, o Mercador Sanguinário
A cidade de Damasco pulsava com a vida do mercado. Altaïr observava das alturas, seus olhos fixos no comerciante gordo e cruel que negociava armas destinadas a matar inocentes. Tamir brandia uma lâmina contra um servo assustado, o aço reluzindo ao sol.
Altaïr não esperou. Saltou do telhado, sua Hidden Blade perfurando a carne macia do pescoço do mercador. O corpo caiu com um baque surdo, e a multidão gritou em pânico. Mas o assassino já se esgueirava pelas vielas, desaparecendo como uma sombra ao vento.
Traição em Jerusalém
Cada alvo eliminado aproximava Altaïr da verdade. Em Acre, enfrentou o tirano Garnier de Naplouse em seu hospício macabro. Em Jerusalém, encontrou Majd Addin, um carrasco que usava a justiça como desculpa para sua sede de sangue.
Porém, algo não fazia sentido. Todos os seus alvos, apesar de cruéis, pareciam ligados por um segredo maior. Sussurravam sobre uma peça do Éden, um artefato de poder incompreensível. E pior… Al Mualim sabia mais do que dizia.
O Confronto Final – O Mentor e o Traidor
Ao retornar a Masyaf, Altaïr percebeu a verdade. Seu mestre, aquele que jurara guiá-lo pelo caminho do Credo, era o verdadeiro traidor. Al Mualim possuía o Pedaço do Éden, e com ele controlava mentes, dobrando até mesmo os Assassinos à sua vontade.
A batalha foi feroz. Altaïr enfrentou ilusões, sombras do passado, e enfim, seu próprio mestre. Com um último golpe certeiro, sua lâmina atravessou o peito do traidor.
"Nada é verdade. Tudo é permitido."
As palavras ecoaram em sua mente enquanto observava o cadáver do homem que um dia respeitara. O Credo permanecia… mas sua fé nunca mais seria a mesma.
Altaïr havia vencido. Mas a guerra estava apenas começando.
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