A chuva caía incessante sobre o planeta Zebes, suas gotas finas evaporando ao tocar o metal quente da armadura de Samus Aran. A caçadora de recompensas, silenciosa como a própria noite, observava as ruínas da fortaleza dos Piratas Espaciais.
O chamado de socorro da estação Ceres ainda ecoava em sua mente. O bebê Metroid, o último da espécie, havia sido roubado por Ridley, e agora estava aqui, nas profundezas deste mundo hostil.
Respirando fundo, Samus ativou sua Morph Ball e deslizou por um túnel estreito. Criaturas rastejantes estalavam suas mandíbulas no escuro, mas com um disparo preciso de seu Plasma Beam, ela as reduziu a cinzas. O planeta inteiro parecia vivo, como se sentisse sua presença, resmungando em murmúrios metálicos e silvos de vapor.
Após atravessar Brinstar, a selva subterrânea cheia de raízes e névoas bioluminescentes, Samus se viu diante de um titã: Kraid, um monstro gigantesco de escamas verdes. Ele rugiu, suas garras abrindo crateras no chão. Samus saltou, desviando por instinto, e disparou um Super Missile diretamente na boca da criatura. O colosso tremeu, uivou, e caiu de volta nas trevas.
Com o Varia Suit, Samus adentrou Norfair, onde rios de lava borbulhavam como fúria líquida. O calor era insuportável, mas sua armadura suportava. No fim do caminho, Ridley esperava. Suas asas se abriram como lâminas cortando o ar, e seu olhar maligno brilhava vermelho.
A batalha foi feroz. Ridley disparava bolas de fogo, agarrava Samus com suas garras afiadas, mas a caçadora era implacável. Cada golpe de seu Charge Beam queimava a pele dura do monstro. Por fim, um último tiro certeiro fez Ridley tombar, suas asas inúteis tremendo até que o corpo desabasse na lava.
O laboratório em Tourian estava frio e silencioso. Metroids flutuavam no ar, sugando a energia de qualquer coisa que tocassem. Samus avançou cautelosa até o coração da fortaleza, onde encontrou Mother Brain – uma criatura grotesca ligada a tubos e circuitos.
A batalha parecia vencida quando Mother Brain caiu, mas então… ela se ergueu. O monstro agora tinha um corpo metálico, olhos brilhando com um ódio sem fim. O Hyper Beam disparou, e Samus foi lançada contra a parede, seu corpo queimando com o impacto.
Foi então que o bebê Metroid apareceu. Ele se lançou contra Mother Brain, sugando sua energia como se tentasse proteger Samus. A criatura gritou, enfraquecida, mas, em um último ato de vingança, atingiu o pequeno ser com um disparo fatal. O bebê caiu sem vida.
Uma raiva indescritível preencheu Samus. Seus olhos arderam quando sentiu a energia do Hyper Beam fluindo para seu próprio canhão. Sem hesitar, ela disparou. O corpo de Mother Brain foi reduzido a cinzas em segundos.
Os alarmes soaram. Zebes estava se autodestruindo. Correndo contra o tempo, Samus pulou, rolou, disparou contra portas que se fechavam, até finalmente alcançar sua nave.
Enquanto a explosão consumia o planeta, Samus observou o espaço através do visor. O bebê Metroid se fora… mas seu sacrifício nunca seria esquecido.
Com um último olhar para as estrelas, a caçadora partiu.
O último Metroid estava extinto.
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