Era uma noite escura no Reino dos Cogumelos. O céu estava coberto por nuvens densas e tempestuosas que bloqueavam a luz da lua, tornando o ambiente sombrio e inquietante. Dentro do Castelo de Peach, a princesa estava trancada em seu quarto, aparentemente imersa em pensamentos. Porém, havia algo estranho no ar. Não era só a tempestade lá fora que fazia com que o castelo parecesse sufocante. Algo estava errado. Algo estava prestes a acontecer.
No exterior, Mario e Luigi estavam em sua missão de sempre: resgatar a princesa e garantir que o Reino dos Cogumelos permanecesse em paz. Mas o que eles não sabiam era que essa missão seria diferente. Algo nas profundezas do castelo estava prestes a mudar tudo o que eles conheciam sobre o Reino. Algo muito mais sombrio e perigoso estava em jogo.
A Invasão de Mario
Após uma longa jornada pelas florestas densas e montanhas geladas do Reino dos Cogumelos, Mario e Luigi chegaram ao imenso portão de ferro do Castelo de Peach. Mas, ao invés de encontrarem a usual recepção calorosa, o castelo estava imerso em um silêncio que parecia mais profundo do que nunca. Não havia a habitual risada de Toad ou a presença vibrante das criaturas amigáveis que sempre viam para cumprimentá-los.
"Luigi, isso não está certo," disse Mario, seu olhar preocupado. "Algo está acontecendo aqui."
"Você tem razão," respondeu Luigi, sua voz tensa. "Mas o que pode ter acontecido com a Princesa?"
Eles avançaram para o interior do castelo, onde a atmosfera estava estranhamente fria. As paredes estavam cobertas por uma névoa escura, e os corredores estavam vazios, sem vida. Ao chegar ao salão principal, Mario e Luigi se depararam com um cenário grotesco. O chão estava coberto por uma espessa camada de lama escura, como se a própria terra estivesse se rebelando contra o castelo. Um cheiro pútrido de mofo e decadência pairava no ar.
"Isso não é o castelo da princesa..." murmurou Luigi, sem acreditar no que seus olhos estavam vendo. "Onde está a Peach?"
Antes que eles pudessem investigar mais a fundo, uma estranha figura apareceu diante deles: Bowser, o temido vilão que sempre estava atrás da princesa. Mas algo estava estranho. Ele não estava com seu habitual sorriso maléfico ou suas ameaças ferozes. Ele estava pálido, com os olhos vidrados, quase como se fosse uma marionete, controlada por algo muito mais sinistro.
"Bowser, o que aconteceu com você?" Mario gritou, surpreso com a aparência do inimigo.
"Não sei..." Bowser respondeu com dificuldade, sua voz quebrada e vacilante. "Fui atraído para cá... para o castelo. Algo está tomando conta de todos nós."
Mario e Luigi olharam um para o outro, confusos, mas ainda desconfiados. "O que você quer dizer com 'algo'?" Luigi perguntou, mantendo-se em guarda.
Antes que Bowser pudesse responder, um grito ensurdecedor ecoou pelas paredes do castelo. Era a voz de Peach, mas havia algo de distorcido nela, como se estivesse sendo forçada a emitir uma sensação de dor e raiva.
"A Princesa!" Mario exclamou, correndo em direção ao som do grito.
O Encontro com a Princesa
Quando Mario e Luigi chegaram ao salão principal, onde o grito havia se originado, o que encontraram foi uma visão horrível. Peach estava de pé no centro da sala, mas não era a mesma princesa doce e amável que eles conheciam. Ela estava envolta em uma energia negra, e seus olhos brilhavam com um brilho maléfico. Sua aparência estava distorcida, como se estivesse sendo consumida por uma força sombria.
"Peach!" Mario gritou, correndo em direção a ela, mas algo o impediu. Uma parede invisível de energia negra o bloqueou, fazendo com que ele fosse repelido para trás.
"Você não pode me salvar, Mario," disse Peach com uma voz gélida e profunda. "Eu sou mais do que você pode imaginar agora."
"O que aconteceu com você?" Luigi perguntou, sentindo uma onda de desconforto crescente.
"Eu sou o que vocês sempre temeram," Peach respondeu, seu sorriso se transformando em uma expressão cruel. "Eu fui tocada por algo que vocês não podem entender. Algo muito além de Bowser, muito além de qualquer coisa que vocês já enfrentaram."
Antes que Mario pudesse fazer mais perguntas, Peach ergueu uma das mãos, e uma onda de energia negra envolveu o castelo, fazendo com que tudo ao seu redor começasse a desmoronar. As paredes racharam, e o chão se abriu em fissuras profundas. As criaturas do castelo, agora sob seu controle, atacaram Mario e Luigi, forçando-os a lutar com todas as suas forças.
"Por que está fazendo isso, Peach?" Mario gritou, enquanto ele e Luigi enfrentavam hordas de Goombas e Koopa Troopas que haviam sido corrompidos pela energia sombria.
"Porque agora eu sou livre," Peach respondeu com uma risada fria. "Eu não sou mais a princesa frágil que vocês conheceram. Eu sou o que o Reino dos Cogumelos realmente merece. Eu serei a rainha de um novo império, onde a escuridão reinará."
A Revelação: O Verdadeiro Inimigo
Enquanto Mario e Luigi enfrentavam as hordas de corrompidos, Bowser, que estava em uma espécie de transe, conseguiu se aproximar de Peach. Mas ao tentar alcançar a princesa, ele foi repelido por uma onda de energia escura que quase o destruiu. Ele caiu no chão, ofegante, mas ainda com vida.
"O que você fez com ela?" Bowser gritou, tentando se levantar, mas suas forças estavam se esvaindo.
"Eu não fiz nada com ela, Bowser," uma voz sinistra disse. Era uma voz que parecia vir de todas as direções, ecoando por todo o castelo. "Eu apenas a libertei."
De repente, uma figura emergiu das sombras: um ser encapuzado, sua forma esquelética envolta em uma aura negra. Ele se aproximou de Peach, que agora estava apenas observando, como se fosse uma marionete.
"Eu sou o verdadeiro mestre aqui," disse a figura. "Eu fui quem trouxe a escuridão ao castelo, e eu fui quem a libertei da fraqueza que a consumia."
Mario e Luigi olharam, confusos. "Você...?" Luigi começou, mas antes que pudesse terminar, a figura levantou sua mão e a energia ao seu redor cresceu.
"Sim, eu sou o verdadeiro antagonista. Eu sou o responsável por toda a dor e sofrimento aqui." A figura revelou seu rosto, e para a surpresa de todos, era a própria Princesa Peach, mas não como eles a conheciam. Seu rosto estava deformado, seus olhos agora completamente negros, e sua boca exibia um sorriso cruel.
"Mas... como?" Mario perguntou, a confusão tomando conta dele. "Você... você era nossa amiga."
"Eu era," Peach respondeu com uma voz fria e distante. "Mas fui corrompida por algo muito maior. Algo que me deu poder além de qualquer coisa que você possa imaginar. E agora, eu sou a verdadeira dona deste reino."
A Última Reviravolta
Bowser, que estava se arrastando para se levantar, olhou para Peach com uma expressão de surpresa e dor. "Você... você me usou? O tempo todo?"
"Não era você quem eu queria," Peach disse, sua voz cheia de desdém. "Você era apenas um peão em meu jogo. Eu sempre fui a verdadeira força por trás de tudo. O poder sempre esteve comigo."
Mas então, a figura encapuzada começou a se dissolver, sua presença se tornando fraca. Peach olhou para ele com uma expressão de raiva, e, antes que qualquer um pudesse reagir, a figura desapareceu completamente, deixando apenas um vazio em seu lugar.
"Ele me usou," Peach sussurrou, mais para si mesma do que para os outros. "Ele me corrompeu, mas agora... agora eu sou livre."
No entanto, a verdadeira vítima não era Mario, Luigi ou Bowser. Era Peach, que, por todo esse tempo, havia sido manipulada por uma força que ela nunca poderia ter previsto. O Reino dos Cogumelos não precisaria mais de um príncipe ou de um vilão. Ele precisaria da verdadeira princesa Peach, que agora buscaria reconstruir tudo o que foi destruído, não com poder e ódio, mas com sabedoria e sacrifício.
Mario e Luigi, agora cientes da complexidade da situação, ajudaram Peach a se libertar das garras da escuridão. Mas a verdade era clara: o castelo e o reino jamais seriam os mesmos.
A verdadeira batalha de Mario, Luigi e Peach, agora, não seria contra Bowser ou qualquer outra criatura, mas contra a própria escuridão interna que ameaçava devorar tudo.
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