Chove lá fora, e o asfalto reflete as luzes da cidade como se fosse um espelho quebrado. É nesse cenário que Hideo Kojima, o mago das paranoias digitais, decidiu nos conduzir para seu novo pesadelo interativo: OD: Knock. Não espere heróis claros nem finais felizes. Aqui, cada batida na porta é uma sentença, cada sombra é uma promessa de que algo, lá fora, está te observando.
O jogo, anunciado durante o Beyond the Strand, festa sombria dos 10 anos da Kojima Productions, não vem para brincar. É terror psicológico cru, direto na veia. A Unreal Engine 5 e o MetaHuman se unem para esculpir rostos, olhos, expressões — cada detalhe exala a sensação de que a realidade pode se dobrar a qualquer momento. E no centro disso, Sophia Lillis, Hunter Schafer e Udo Kier atravessam o corredor escuro das nossas expectativas, prontos para nos assombrar.
“Knock”, diz Kojima, e é quase um sussurro que reverbera no crânio do jogador. Um som simples, cotidiano, mas carregado de significado: o medo está nos detalhes, não nos monstros. O toque de Jordan Peele no projeto é como uma fumaça adicional, distorcendo a percepção, borrando a linha entre sonho e pesadelo, cinema e jogo.
Não há datas de lançamento. Não há promessas. Apenas a certeza de que este é um mundo em que você não pode se esconder, onde o terror é refinado, quase elegante, e a tensão é o prato principal. OD: Knock não vem para ser amado ou entendido. Ele vem para ser sentido.
E quando a porta bater atrás de você, não tente abrir. Apenas escute.
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