DOMINGO TEM BOARD: Entre Ondas, Dragões e Previsões (In)Esperadas



Chegamos ao fim de mais uma semana, e o que define um bom domingo para um board gamer? Não é apenas descansar, é colocar a mente e as peças em ação! Para a coluna de hoje, separei três títulos que dominaram a mesa e provaram a riqueza de experiências que o hobby oferece, transitando entre o mar, o mistério e o som.

1. Sea Dragons: A Fúria do Mar

O primeiro a enfrentar o nosso grupo foi o Sea Dragons. Este jogo de estratégia naval e combate com dragões entregou pura tensão na mesa. A dinâmica central é a da antecipação e do blefe: você tenta ler a mente do seu oponente para prever a próxima jogada dele.

A vitória aqui depende da sua capacidade de gerenciar cartas, controle de área e, claro, contar com a sorte nas Cartas de Recife de Coral. É um filler que cumpre o que promete: rápido, cheio de adrenalina e tático na medida certa, ideal para aquecer os motores da jogatina.

2. Mysterium: Onde a Arte Fala e a Comunicação Falha

Se o Sea Dragons é adrenalina tática, o Mysterium é pura viagem e interpretação e cooperação. Nele, um jogador assume o papel do Fantasma (que não pode falar) e tenta guiar os demais jogadores (os Médiuns) até a verdade sobre um assassinato, usando apenas cartas de visão enigmáticas.

A dificuldade, e a beleza, reside na abstração. O Fantasma precisa ligar um suspeito ou uma arma a uma obra de arte surreal, exigindo dos Médiuns um enorme salto criativo e uma profunda interpretação simbólica. É um exercício de criatividade e de sintonia mental, onde a comunicação verbal falha, mas a imaginação floresce. O jogo é elegante, atmosférico e exige uma concentração quase zen para decifrar a mensagem do além.

3. Hitster: O Jogo da Nostalgia e da Memória Auditiva

E para fechar a semana, a nossa dose de memória afetiva veio com o Hitster. Diferente da tática do Sea Dragons e da interpretação visual do Mysterium, este jogo é totalmente focado em música e em conhecimento temporal.

A premissa é simples: uma carta é sorteada, o QR Code é escaneado, a música começa a tocar e você tem que posicioná-la na sua timeline musical, acertando se ela foi lançada antes ou depois das canções que você já tem na mesa. A grande ironia e a diversão são garantidas: aquela música que você jurava ser dos anos 90, na verdade, é da década de 2010!

O Hitster não é sobre ser o maior conhecedor de música, mas sobre viver a nostalgia de ouvir hits inesperados e reviver memórias em grupo. Ele transforma a jogatina em uma festa, onde todos cantam mal, erram a década e se divertem com a própria memória falha.

Nesta semana, nossa mesa provou que o hobby de tabuleiro pode nos levar do combate estratégico em alto-mar (Sea Dragons), passando pela complexidade silenciosa da arte (Mysterium), até um karaokê improvisado pela memória (Hitster).

E você, qual foi o board game que dominou a sua mesa?

Nos vemos no próximo: DOMINGO TEM BOARD!

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